Com o passar dos anos, as cânulas foram afinando cada vez mais, o que ajudou a minimizar o trauma cirúrgico. Associada à utilização de anestésicos locais e adrenalina, o sangramento intra-operatório também foi minimizado, assim como a necessidade da utilização de grandes quantidades de anestésicos gerais, visto que a anestesia local reduzia sobremaneira o estímulo doloroso.
Quanto menor o trauma, menor o sangramento, melhor a recuperação, menor o período de afastamento das atividades cotidianas, maior a segurança da cirurgia. Assim, a lipoaspiração foi se popularizando, por ter melhores resultados e maior segurança.
Porém, na minha opinião, o maior avanço da lipoaspiração foi a introdução de mecanismos vibratórios nas cânulas. Com a cânula vibrando ao penetrar na gordura, o trauma no tecido gorduroso é muito menor, o que pode ser comprovado com um menor sangramento, menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida e menor chance de irregularidades. Este tipo de mecanismo passou a ser chamado de vibrolipoaspiração. Depois de fazer pela primeira vez a vibrolipoaspiração, nunca mais voltei a fazer a lipoaspiração tradicional! Logicamente que o resultado da cirurgia ainda está nas mãos e na experiência do cirurgião que manipula a cânula, mas sem dúvida nenhuma a vibrolipoaspiração veio facilitar a vida do cirurgião e a recuperação do paciente!
Dr. Júlio César Yoshimura
Cirurgião Plástico - Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
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