Assim com a pergunta, a resposta pode ter enfoque variavel. A mesma pergunta vindo de um paciente adolescente, ou de uma paciente após de ter os filhos, ou ainda outra que será submetida a retirada da mama por cancer, adquire significado totalmente diferente. A saude, Segundo a OMS é um estado de bem estar fisico, mental e social. Temos a tendencia em pensar apenas no lado fisico, em doenças. Na verdade, a qualidae de vida e bem estar, passa obrigatoriamente em nos sentirmos bem, nos campos fisicos, mental e emocional.
Pouco se discute a força da cirurgia plastica no campo psicologico. Ela é muitas vezes vista com discriminação, como algo futil e desnecessario.
Concordo que nos dias de hoje, ocorrem excessos nas indicações e associações de cirurgias, seja por insistencia do paciente, seja pelo medico. Há pacientes que procuram insessantemente cirurgias para tentar resolver problemas não trataveis cirurgicamente, como disturbio de auto-imagem ou problemas no casamento, etc. Há medicos que indicm cirurgias para corrigir “problemas” que o paciente nem se queixou, para “aproveitar’ a cirurgia. Tudo isso não deveria acontecer, com certeza.
Porém, há outros casos em que a plastica adquire uma importancia maior no campo psicologico do que no fisico. Pacientes com leve orelha de abano, que para os pais é irrelevante, podem sofrer constrangimento a vida toda por sentirem-se mal. É comum nunca prenterem o cabelo, sempre usar cabelos compridos para esconder as orelhas. Pacientes com ginecomastia chegam a nunca tirar a camisa, ir a praia ou pscina, com vergonha das mamas aumentadas. O complexo pode advir de uma gozação, bricadeira ou observação de alguem ou simplesmente por abservacão propria. Na verdade, nestes casos, pouco mporta de onde vieram. Importa que uma leve alteração significa uma grande restrição à qualidade de vida. Tive uma paciente que depois dos 50 anos disse querer colocar protese de panturrilha porque nunca usou saia ou shorts desde a adolescencia, depois que uma amiga falaou que “tinha pernas finas”. Nestes casos, a pergunta “Mas preciasa mesmo operar?” vinda de parentes e amigos me soa um tanto quanto insensivel e egoista.
Somente quem tem a vida limitada por qualquer que seja a causa sabe da importancia da cirurgia. Muitas vezes, a gratidão e satisfação destes pacientes é muito maior do que a maioria dos que teriam “indicação” de consenso.
Minha resposta rotineira à pergunta “Quando a cirurgia plastica estetica é necessaria? ” é: “Nunca! Se não fizer a plastica nada muda, contina como está. Necessario é operar apendicite, que se não operar leva à morte.” “Porém, se algo o incomoda e vc gostaria de mudar, poosso avaliar se há como melhorar, dentro da segurança e da expectative quanto ao resultado desejado”.
A cirurgia plastica, com o grande desenvolvimento técnico, alcançou um alto patamar de segurança e de resultados previsiveis, na maioria dos casos. Isso a fez vir a ser mais uma arma no arsenal da busca do bem estar fisico e psicologico.
Pacientes que se sentem com baixa auto-estima, seja por que tem orelha em abano, seja porque tem mamas pequenas, ou porque a gravidez deixou sequelas ou por qualquer outro motivo, podem recorrer a cirugia plastica. Não precisam esperar ficarem velhos ou outro motivo para terem o “direito” de sentirem-se melhor.
Deve-se, entretando, refletir qual a real motivação da cirurgia, se realmente o foco em questão incomoda, se está pronta para enfrentar um pós-operatorio, conversar abertamente e sem segredos com o cirurgião sobre a expectative de resultado, saber se é realista ou não.
Logicamente, também cabe ao cirurgião dar limites e estimar a probabilidade de sucesso da cirurgia, tanto quanto ao resultado final, quanto à expectative do paciente. Tão importante como saber operar é saber quando e quem NÃO operar. Pacientes com expectative irreal, com risco aumentado, com disturbio de auto-imagem ou que a tecnica cirurgica não permita o resultado esperado NÃO devem ser operados. Cabe ao Especialsta da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plastica dar os limites e pensar no paciente, nos campos fisico e emocional, antes de indicar qualquer ciruriga. Constraindico cirurgias todas as semanas, por bem do paciente.
Infelizmente hoje vemos muitos medicos não especialsita se divulgando como tal para fazer plasticas. Logicamente, quem faz isso pensa mais no dinheiro do que no bem estar, do paciente, caso contrario teria feito os 11 anos de estudos para se tornar especialista pela SBCP. Mas a legislação brasileira é falha e não coibe isso. Cabe então ao paciente, pesquisar sobre a formação do medico, ver se é membro da SBCP, escolher um cirurgião que tenha empatia e senta confiança e de preferencia conversar com algum paciene que ele tenha operado. Assim, a segurança aumenta sobremaneira e a probabilidade de sucesso também.
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